Visão de curto prazo

por | jul 15, 2019 | Futurismo

Falar de futuro para quem só pensa em viver o presente alargado pode ser bem complicado. Mudança de mindset, inovação e disrupção estão na moda, mas estamos mesmo dispostos a mudar de verdade e a tomar decisões que mudem as coisas para as próximas cinco gerações?

Preparar-se para o futuro exige ousadia.

O futuro está na moda, mas a realidade é que a maioria das empresas brasileiras ainda vive no modelo do passado. Mesmo empresas que se dizem avançadas tecnologicamente. O foco continua sendo metas e produtividade guiadas por um obsoleto Planejamento Estratégico.

Tenho estado com empresas de diferentes segmentos e tamanhos. Elas sabem que o mercado está em mudança acelerada, mas ainda não se deram conta de que é preciso investir, promover uma discussão mais robusta e tomar decisões radicais imediatamente. Se tivéssemos decidido melhor há 100 anos nossa realidade atual seria diferente.

Frente à transformação social do planeta, o Brasil está atrasado em todos os aspectos. A economia engatinha, as previsões de crescimento diminuíram, o plano do novo governo não decola e a maioria das empresas fala de inovação, mas continua fazendo mais do mesmo. Estamos respondendo de forma marginal às mudanças do mundo. Não é o suficiente.

Executivos e o futuro

A maioria dos executivos está completamente perdida. Querem salvar seu legado, permanecer no status que conquistaram sem compreender que têm sérias responsabilidades frente à empresa que comanda.

A maioria dos nossos executivos não tem mindset orientado para o futuro. Eles não compreendem que as decisões e omissões de hoje colocam em risco o futuro de muita gente. Incluindo sua própria história.

O “Futurismo” virou algo comum, e a maioria das pessoas nem sabe que se trata de um movimento artístico, e que o nome correto da disciplina de estudos de futuros é Foresight.

A maioria das empresas aposta em planejamentos antigos, cheios de lacunas e não tem ideia de que já temos metodologias de futuro. Acabam resumindo o assunto a tendências e cenários. Pobreza de conhecimento.

Temos muito a aprender, muito a construir, mas antes precisamos desconstruir a cultura de imediatismo, de caminho curto e fácil. Certamente precisamos reconhecer que temos que aprender coisas novas para competir no novo mundo.

Mudanças que apenas respondem ao mercado, que medem o impacto tecnológico e que não pensam muito além do ano que vem tendem a se tornar um fracasso em médio prazo. Mas quem quer pensar no médio prazo? Quase ninguém. Não nos importamos.

Países como Finlândia e Singapura unem esforços para descobrir como criar futuros para os próximos 50 anos através de boas decisões no presente. Isso porque a cultura não muda em pouco tempo.

Metodologias de Estudos de Futuro nos trazem ferramentas para promover as mudanças. Contudo este assunto flutua sem aderência em um ambiente que copia ecossistemas. Eles tiveram grandes sacadas de marketing e tornaram o assunto futuro muito sexy.

Nos lugares da moda, não se discute ética, nem longo prazo. Isso porque o assunto é novo, mas o objetivo o mesmo de sempre: ganhar dinheiro.

Por Jaqueline Weigel – Publicado originalmente em Gazeta do Sul

 

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